Entre a Saúde e a Servidão: o Peso do Tronco no Campo de Endemias.
O trabalho de endemias, que deveria ser marcado pela valorização e respeito aos profissionais de saúde, muitas vezes se aproxima de um cenário de campo escravo. Os supervisores assumem o papel de feitores: impõem ordens com dureza, vigiam cada passo e tratam os trabalhadores como peças descartáveis, não como seres humanos.
Sob o sol escaldante, somos deixados sem água, como se a sede fosse parte natural da rotina. O direito de ir ao banheiro, básico e inegociável, é negado ou controlado como se fosse um privilégio. A perseguição constante, os olhares de desconfiança e o assédio transformam cada dia em um suplício. É como se o tronco, símbolo de humilhação e dor no período escravocrata, tivesse sido reinventado em novas formas de punição psicológica e moral.
O que deveria ser um trabalho de saúde pública se converte em um espaço de desumanização. Quem está no campo sente na pele a ausência de dignidade: somos cobrados, perseguidos e tratados com descaso, como se nossas vozes não tivessem valor. O tronco hoje não é de madeira, mas de silêncio imposto, de medo, de pressão psicológica.
Essa realidade não é apenas injusta: é uma ferida aberta na história que se repete. E como no passado, só a denúncia, a resistência e a união podem romper as correntes invisíveis que ainda nos prendem.
Obs: Qualquer coincidência fatos ou se achar parecido desconsiderar.


