
A Mentira da Apple sobre o Apple Intelligence: Da Falsa Inovação ao Desgaste Atual
Quando a Apple anunciou o Apple Intelligence, o mundo esperava uma revolução. A promessa era clara: uma inteligência artificial nativa, fluida, integrada ao iOS, que transformaria o iPhone em um verdadeiro assistente inteligente. Mas a realidade, como se mostrou nos meses seguintes, foi bem diferente — e frustrante.
A Promessa que Nunca se Concretizou
O Apple Intelligence foi apresentado com pompa em meados de 2024, com promessas de geração de textos automáticos, organização de conteúdo por contexto, respostas personalizadas em apps como Mail e Safari, além de resumos em tempo real e até mesmo sugestões de ações baseadas em hábitos do usuário.
Tim Cook e sua equipe afirmaram que o sistema era alimentado por modelos de linguagem de última geração, com forte ênfase na privacidade e no processamento no dispositivo — algo que parecia distanciar a Apple de concorrentes como OpenAI e Google. Mas havia um detalhe importante que não foi totalmente explicado: a maioria desses recursos não estava pronta.
O que foi entregue, afinal?
Meses após o lançamento do iPhone 16 com “Apple Intelligence embarcado”, consumidores começaram a perceber que as promessas feitas no palco do WWDC não se traduziam na prática. Muitos dos recursos anunciados estavam ausentes, incompletos ou limitados apenas a modelos Pro dos novos iPhones — gerando indignação entre os usuários que confiaram no marketing da empresa.
A Apple dizia que o sistema era capaz de gerar resumos de notícias, por exemplo, mas falhas grotescas chamaram atenção: em um caso notório, o Apple Intelligence gerou um resumo falso que envolvia uma pessoa viva sendo descrita como morta. O erro chegou à imprensa internacional e levantou sérias dúvidas sobre a confiabilidade do sistema.
Apple Intelligence: Realidade ou apenas branding?
Conforme investigações e análises técnicas avançaram, descobriu-se que grande parte do “Apple Intelligence” era, na verdade, fruto de integrações com modelos de terceiros — como o ChatGPT da OpenAI — e que o sistema da Apple, internamente, ainda estava longe de competir com as soluções de IA da concorrência.
A empresa preferiu focar no branding em vez da entrega técnica. Em vez de admitir que dependia de terceiros para entregar as funções de IA, criou a ilusão de que havia desenvolvido uma tecnologia revolucionária. Essa narrativa ruiu rapidamente entre especialistas e parte da imprensa.
Denúncias e Ações Legais
Recentemente, consumidores nos EUA entraram com ações judiciais contra a Apple, acusando a empresa de propaganda enganosa. Alegam que a aquisição do iPhone 16 foi baseada em promessas falsas e que os recursos apresentados nunca chegaram de fato ao consumidor médio — o que configura violação do código de defesa do consumidor.
O caso ganhou força quando documentos internos vazados mostraram que a própria equipe de engenharia da Apple havia alertado sobre a imaturidade do sistema antes do lançamento — mas a decisão de marketing prevaleceu.
Impacto na reputação
A Apple sempre cultivou uma imagem de confiabilidade, com foco em qualidade e experiência do usuário. Mas o episódio do Apple Intelligence pode ter causado um dano duradouro nessa reputação. A confiança foi abalada, e a empresa agora tenta correr atrás do prejuízo com atualizações e promessas de melhorias futuras — ironicamente, mais promessas.
Internamente, mudanças de liderança na divisão de IA e frustrações entre desenvolvedores indicam que o projeto está longe de ser o que a empresa gostaria de apresentar ao mundo. Em vez de liderar a revolução da inteligência artificial, a Apple parece estar tropeçando nos próprios exageros.