FILMES/MIDIA

BATMAN VS SUPER MAN, A ORIGEM DA JUSTIÇA

Esse ano é talvez um marco para os fãs dos filmes baseados em histórias em quadrinhos. Três grandes estúdios – Warner, Disney e Fox – irão se enfrentar em uma batalha épica pela nossa audiência. Mas hoje vamos falar da D.C.e, nesse caso, todas as suas personagens pertencem aos estúdios Warner. É por isso que aqueles desenhos mais velhos, com aqueles heróis antigos da chamada Liga da Justiça começaram a reaparecer em formato de seriados recentemente na TV. Arrow, Flash e Gotham são alguns exemplos dessas séries da D.C. que estão sendo bem sucedidas. Mas com tanto sucesso, por que ficar só na telinha?

Ok, eu imagino que algumas pessoas estão pensando “Mas eu detesto HQ, detesto Superherói, lá vem essa ‘criatura’ falar sobre mais um desses filmes iguais a todos os outros”. E aí que eu vou pedir um minutinho – talvez um pouco mais – para explicar a importância desse momento e de porquê talvez você devesse dar uma segunda chance para pelo menos alguns filmes de heróis – e na minha opinião para “Batman v Superman: A Origem da Justiça”.

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Vamos falar o óbvio, o motivo pelo qual foram criados: Superman foi criado em 1933, mas só foi publicado de verdade pela primeira vez em 1938, Batman em 1939, e em 1940 já tinha sua própria revista. Para não ser injusto, nossa heroína Mulher Maravilha foi criada em 1941. Todos foram criados no que chamamos de “Era de Ouro” das HQs. Mas o que todas essas datas têm em comum? A Segunda Guerra Mundial (1939-1945), onde nossos valentes Superheróis serviam como inspiração e até apoio para as crianças e os soldados que se sentiam mais seguros com um Soldado de Krypton valente e que não morre, um Homem Morcego que investigava crimes e protegia a cidade abandonada aos bandidos e a Mulher, que é uma Deusa Mitológica e não teme nazistas.

Durante muitos anos poucos foram os filmes que fizeram algum impacto, mesmo que eles tenham começado em 1943 – é, o primeiro filme do Batman não é o de 1989 com o Michael Keaton. Acho que o mais importante até os anos 2000 foi o famoso filme Superman de 1979 com o Christopher Reeve, que chegou a concorrer ao Oscar de Melhor Filme e deixou uma concorrência difícil para qualquer ator que tente vestir novamente a “Capa Vermelha”. A mesma coisa podemos dizer da trilogia Cavaleiro das Trevas com Christian Bale, que muitos julgam ser o melhor Batman até hoje.

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E já que vamos falar dos queridinhos da mídia, não podemos esquecer da atriz Lynda Carter que interpretou a Mulher Maravilha por 4 anos em uma série de TV. E aí é óbvio que as comparações com o novo elenco foram as primeiras as críticas a surgirem. Henry Cavill já foi o primeiro. Ben Affleck, que aparentemente é odiado nos EUA, e mais odiado depois do suposto caso com a babá, “nunca vai ser um Batman tão bom quanto Bale” e até a “novata” Gal Gadot – atriz israelense que serviu nas Forças Especiais de Israel, foi Miss Israel em 2004, sabe umas 5 artes marciais, é motoqueira, mas também mãe de família e entrou na lista das 100 mulheres mais bonitas do mundo da revista Maxim em 2014 – também foi alvo de ataques da própria Lynda, como da imprensa que lhe perguntou como ela faria para ter seios do mesmo tamanho dos da Mulher Maravilha.

Podem falar o que quiser – li alguns absurdos e muitos spoilers* por aí – mas o filme é feito cuidadosamente para tentar agradar tanto os fãs “de verdade” dos quadrinhos, como também para os leigos e leigas. Com um roteiro bem cuidado e pensado, atores que têm química entre si, um visual deslumbrante e um som excelente, Batman v Superman foge à regra dos filmes de superheróis. Sem palavrões, excesso de mortes, egos de atores, e o mais importante, sem aquela pressa desnecessária e tão característica de filmes de ação que muitas vezes nos deixa perdidos no meio da trama. E, infelizmente, depois de um atentado como o dessa semana na Bélgica, como negar que ainda precisamos da esperança que os Super Heróis trazem?

Eu vou assistir e você, vai ficar ai esperando o que?