COMPORTAMENTO

DIFICIL ARTE DE DIZER NÃO!

Vejo poucas temas  que se trata da assertividade ou simplesmente o que se trata da dificuldade de relacionadas a se posicionar e dizer “não”.

Quando falamos não na verdade estamos falando em limites. Da capacidade  de saber quando o seu espaço esta sendo invadido ou desrespeitado e pode reagir a isto adequadamente. Ao contrario disto e permanecer na condição no qual a dignidade e ferida e pode ser extremamente nocivo a sua autoestima.

Trata-se, sem dúvida de uma habilidade preciosa, sinal de maturidade. No entanto a maior parte de nós tropeça quando chega o momento de impor limites. Às vezes fazemos isso muito bem no ambiente profissional, mas vacilamos diante da família. Ou conseguimos ser assertivos em nossas relações íntimas, mas nos vemos explorados no trabalho. E haverá aqueles que encontrarão obstáculos em todos as áreas. Mas o que estaria na base desta dificuldade?

Em muitos casos a dificuldade em dizer “não” está ligada a um forte desejo de agradar e ser aceito. A premissa inconsciente é a de que se eu for “a pessoa legal”, que concorda com tudo, ajuda a todos e, principalmente, não “cria caso” por nada, serei amada(o) e aceita(o) por aquela ou aquelas pessoas. A postura passiva é, portanto, a garantia de acesso e permanência numa relação ou grupo. Dito de outra forma, o medo da rejeição faz com que se adote uma atitude que visa gerar pouco ou nenhum atrito. Em tais circunstâncias, normalmente a (triste) conclusãoé a seguinte: Brigar/ Questionar/ Dizer não = perda de afeto/ perda da relação.

N’outras situações tal desejo existe, mas não é tão forte quanto o medo de entrar em conflito, principalmente com a autoridade. Estar no mesmo ambiente onde ocorra uma briga pode ser algo extremamente ansiogênico para alguns e isso aumenta bastante se se estiver envolvido no conflito em questão. Tais indivíduos duvidam de sua capacidade de estabelecer ou lutar por um ponto e preferem ceder a entrar em uma discussão. “Prefiro não me estressar!”, costumam dizer. Isso fica ainda mais forte se a a outra parte é vista como detentora de autoridade real ou simbólica. Aqui a conclusão poderá ser a seguinte: Brigar/ Questionar/ Dizer não = entrar em um conflito que não se pode vencer e/ou ser humilhado ou aniquilado

Dois casos envolve conclusões de ser rejeitado ou ser vencido ou subjugado, mas a experiencia em base se movimenta de assertividade de desassimilados ou mesmo punidos.

O caminho para romper este padrão passa por questionar se é possível que você tenha alguma dessas crenças errôneas a respeito da assertividade e tentar combatê-las com o que chamamos teste de realidade. Pergunte-se: “esta pessoa realmente deixará de gostar de mim se eu recusar este pedido?” A resposta provavelmente será negativa, mas ainda que não seja, vale pensar se você quer manter em sua vida alguém que só te aceite se você disser “sim”. Pergunte-se também: “se eu questionar àquela pessoa, quais são as reais chances de ela(e) me responder de forma agressiva?  E ainda: “sou mesmo incapaz de me defender?”

Estes testes o ajudarão a verificar se existe base para a dificuldade de posicionamento ou se isto faz parte de algum padrão antigo de resposta. E quando digo “antigo”, quero realmente chamar atenção para a necessidade de atualizá-lo. No próximo artigo falarei mais sobre este tema e como a terapia reichiana pode auxiliar.