NÃO SE DEIXANDO ENGANAR PELAS REDES SOCIAIS
Eu tenho um segredo para compartilhar com vocês. Ou melhor, não é bem um segredo. Na verdade, é mais uma confissão. Como vocês sabem, eu trabalho com internet. Eu escolho o que quero postar, o que eu me sinto confortável para dividir. E se eu não estou me sentindo bem, eu me recolho até elaborar tudo dentro de mim.
Dito isso, eu preciso dizer também que eu caio facilmente na armadilha das redes sociais. Eu me pego olhando stories e feeds alheios e pensando que a vida de todo mundo tá mais interessante que a minha. Que tá todo mundo fazendo coisas legais. E esqueço que todo mundo só está mostrando a parte legal, dividindo as coisas interessantes. Como eu faço também.
A gente passa o dia todo olhando stories e mais stories e parece que tá todo mundo fazendo algo bem legal.
Parece que todo mundo tem algo pra contar, pra compartilhar nas redes sociais. Menos a gente, né?
Nos feeds e nas timelines tudo é bonito, colorido, brilhoso e musical. Mas na real, ninguém sabe o quanto cada um deixa ir para viver o que há pra viver naquele pequeno recorte que essa rede nos mostra.
Às vezes eu também penso que poderia ter feito outras escolhas. Soltado algumas cordas que já machucavam minhas mãos. Também poderia ter feito coisas bem mais legais. Que me rendesse boas imagens. Bons likes. Mas, no fim, toda escolha é uma renúncia. E para cada pessoa, essa renúncia tem um preço. Às vezes alto demais até e eu acredito nisto. Tudo são escolhas e nos somos responsáveis pelas escolhas e tudo que apresentamos nela.
E eu pago pelo que eu posso pagar (psicológica e financeiramente) e tá tudo bem também. Mesmo que não pareça tão interessante sempre.
Voltando aos feeds e timelines hoje, não esqueça que uma foto é um recorte de 1 fração de segundo, de um dia inteiro. Que um close, às vezes não dura o tempo de uma gota de água cair no chão. Nos outros segundos todos, estamos nos corres da vida. E esses corres nem sempre valem muitos likes.”