COMPORTAMENTO,  PESSOAL

PORQUE NÃO CONSIGO ACEITAR, QUE ELE(A) SE FOI…

O assunto de hoje não vai ser tão alegre, não. Estava lendo o blog de uma pessoa (que para evitar qualquer problema não farei links, a não ser que a mesma permita) e em um artigo ela comenta que perdeu os pais no acidente da Gol,  anos atrás. E segundo ela, a dor ainda permanece, apesar de o tempo ter passado, a dor e a saudade ainda são muito fortes.

Após ler o relato, o sentimento ficou tão forte em mim, que decidi escrever sobre isso, sobre a perda de alguém querido e sobre continuar vivendo. Tenho uma grande experiência no assunto, as pessoas mais próximas a mim que partiu foi meu pai. Posso dizer que é algo que não desejo a ninguém porque é um sentimento que  doe todos os dias. É muito difícil superar essa perda. Dizer adeus àquelas pessoas que amamos e que convivemos por algum tempo, que faz parte da nossa vida, que nos ensinou muitas coisas, inclusive a viver é uma tarefa sobre-humana. Não parece justo pedir isso à um filho que perde os pais, ou o que é pior, aos pais que perderam um filho. Mas é a vida. E assim temos que aprender a viver. A morte também faz parte.

Porém, para aqueles que ficam, resta tocar a vida adiante. A dor, a saudade, as marcas, talvez até o trauma, permanecerão por algum tempo. Talvez demore anos para se conseguir superar isso. Mas não se pode esquecer que os que ficam ainda têm uma vida, ainda têm pessoas que as amam e por vezes dependem dela. Então, não se pode se entregar, jamais.

Eu acredito que quando se morre, não apenas morre, mas é uma passagem para um outro lado da vida, na qual somente quando se vai irá saber, é algo que acredito eu que la onde esta, estão bem e isto que importa é importante.

Com isso em mente, eu diria que a melhor maneira de mostrar o quanto gostamos daqueles que partiram é seguir em frente e correr atrás dos nossos sonhos, buscar tudo aquilo que desejamos e o que nos faz feliz. Primeiro porque é o que eles gostariam que fizéssemos e segundo, porque se eles estiverem nos assistindo, com certeza ficarão muito felizes. É fazer com que se orgulhem de nós mesmo que não estejam fisicamente do nosso lado. É mostrar-lhes a pessoa que nos tornamos, e tudo graças à eles. É fazer com que sintam orgulho de terem feito parte da nossa vida. E esperarem ansiosamente pelo dia de nos re-encontrarmos novamente.

A melhor maneira de reagir à morte é viver. Viver e buscar concretizar os sonhos, realizar desejos e ser feliz. Nada disso vai arrancar a dor e o vazio que ficam no peito, nada vai matar a saudade, mas a certeza de estarmos fazendo aquilo que gostariam que fizéssemos, com certeza, dá um alento e um alívio, mesmo que pequeno.

Não quero entrar no mérito de crenças ou religiões, acho que cada um tem a sua e assim como política, futebol e mulher, religião não se discute. E a visualização da vida independe de qualquer crença.

Simplesmente sem palavras.