QUAL SUA PALAVRA DE 2017?
Outro dia assistindo o Jornal Nacional, dizendo que a palavra mais dita neste ano foi “Gratidão”. Sabe foi uma reportagem linda. E fiquei pensando qual seria a minha?
Depois de pensar e concluí que não poderia ser outra além de resiliência.
Definição psicológica: a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades.
Na verdade, parei para prestar atenção nessa palavra há pouco tempo. Depois desses anos que venho enfrentando obstáculos complicados, esse foi o ano pesado, mas desistir de maneira nenhuma. E sabe eu achei que está palavra seria perfeita para mim.
Pensei, e pude ver que está palavra se aplica a mim. Que como contei naquele texto do cair e levantar, meu ano foi cheio de percalços que eu ultrapassei, e ainda estou ultrapassando. E isso é resiliência.
Acho que entrei em alguns surtos, sim! Penso que nos ataques de choro que eu tive, nas vezes que tive vontade de sumir no mundo, das vezes que eu gritei no travesseiro para ninguém ouvir ( coisa que nunca tinha feito até este ano) será que consegui ser ouvido das vezes que pedi ajuda? será que eu consegui dizer tudo aquilo que se passava comigo naquele momento. Mas foi desses momentos eles foram úteis, pois me fizeram sair da minha zona de conforto e enxergar situações que eu preferia não ver e aceitar fatos que eu preferia fingir que não existem. isso também é resiliência.
Foi um ano que eu entendi que eu precisava de mim. De entender, os porque, de saber o que eu queria, de saber quem era o Fábio e do que ele precisava. E isso me trouxe alguns obstáculos. Pela primeira vez eu me olhei no espelho e sou soube quem era aquela pessoa que estava olhando para si mesmo. Ainda estou no processo, esta demorando, mas eu resolvi abraçar a imagem que estava sendo refletida. Estamos nos conhecendo novamente. Bati de frente com muita gente que sempre preferi baixar a cabeça porque não aguentava mais me sentir tolo. Foi o ano que me senti confuso, e ao mesmo tempo tão seguro. E foi também o ano que mais procurei meios para me reerguer. Novamente, isto é resiliência.
Doeu, sim! Porque dói pra caramba saber de um lugar confortável para enfrentar um mundo que sempre esteve ali e eu nunca quis ver, verdades que machucam antes de liberdade. Mas sim existe a liberdade. E acho que me deparar com seus mostrou e preferir sentar para conversar com eles ao invés de varrê-lospara debaixo do sofá também é uma atitude de resiliência.
Foi o ano que eu me descobri forte apesar de tudo que passei, eu estou aqui vivo não é mesmo? Mas o mesmo tempo, essa fortaleza veio junto uma resistência que me impediu de me adaptar com facilidade. Talvez isso não seja tão resiliente, mas resiliência também não é um caminho sem volta, onde você descobre a fórmula mágica e segue uma vida maravilhosa.
Resiliência é cair e levantar, cair e andar engatinhando, cair, rastejar e então levantar novamente. É não desistir de tentar, e isso meus caros amigos e leitores, é algo que nem existe em dicionários e vocabulários.
Que venha 2018!